Uma revisão de “Beat Zen, Square Zen, and Zen”, de Alan Watts (1)

março 16, 2015 às 8:19 am | Publicado em Revistas - Artigos e Entrevistas | 1 Comentário

Alan Watts (1915-1973) possivelmente fez mais para popularizar o Zen-Budismo no Ocidente do que qualquer outro. Seus muitos livros sobre o Zen ainda são impressos e as pessoas ainda vão até eles em busca de inspiração e insight. Grande parte do Ocidente obteve suas primeiras impressões do Zen através de Watts.

O Zen Ocidental recorda Watts hoje com certa ambivalência, entretanto. Sim, ele foi um escritor vigoroso e um homem de aguçada inteligência e conhecimento, e seus livros e palestras gravadas ainda atraem pessoas aos centros Zen. Muitos dos professores contemporâneos ocidentais do Zen começaram seu caminho no Zen ao lerem Alan Watts.

Todavia, há aspectos do Zen que Watts compreendeu de forma errada. Ele, às vezes, utilizava palavras dos antigos mestres fora de contexto e impunha suas próprias ideias e interpretações a respeito delas. Mais notoriamente, sua leitura equivocada de um dos antigos koan o levou a ignorar a importância do zazen – a meditação Zen – na prática Zen.

Muito da compreensão de Watts a respeito do Zen está refletida em seu ensaio “Beat Zen, Square Zen, and Zen”, que foi publicado na edição da primavera de 1958 do Chicago Review. Essa publicação foi um marco na história do Zen americano. Contém nove artigos sobre o Zen-Budismo e excertos do que viria a ser Dharma Bums, de Jack Kerouac, cujo “On the Road” (“Na Estrada”) havia sido um sucesso literário em 1957. Depois da publicação no Chicago Review, até mesmo a revista Time sentenciou (em 21 de julho de 1958): “O Zen-Budismo está crescendo cada vez mais chique a cada minuto”.

O Zen que se espalhou foi, na maior parte, o Beat Zen. Mas o Zen “chique” ainda é Zen? E como esse ensaio permaneceu influente por mais de 55 anos? Aqui estão minhas impressões. (continua)

Tradução livre do grupo “Tradutores do Zen” (colaboraram neste texto Luan Luna e Emerson Ricardo Zamprogno; supervisão de Isshin-sensei; revisão ortográfica de Rodrigo Daien). Texto de autoria de Barbara O’Brien, originalmente publicado no site http://buddhism.about.com/

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